Na presença dos pimpolhos, qualquer bugiganga transforma-se numa grande aventura. Tudo eles querem explorar, com tudo eles querem brincar, e parece até que seus olhinhos estão nas mãos! Mas essa curiosidade toda faz parte do crescimento saudável.
Porém, todo cuidado é pouco: o ‘lar, doce lar’, justamente, é o lugar onde mais acontecem imprevistos. Isso porque, em um ‘ambiente seguro’, nossa tendência é baixar a guarda. É aí que mora o perigo.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 mil crianças morrem todo ano e cerca de 110 mil são hospitalizadas por causa de acidentes domésticos. Sim, é assustador! Mas algumas atitudes preventivas e cuidados redobrados podem ajudar a evitar muitos incidentes. Conversamos com o Dr. Antonio Carlos Turner, pediatra no Hospital Balbino, RJ, que dará algumas orientações a você:
As causas
As mais comuns são quedas, queimaduras, cortes, afogamentos e intoxicações. Apesar de chamarmos “acidentes”, a maioria é previsível e pode ser evitada com medidas simples, basta um pouco mais de atenção, um olhar diferente sobre cada situação. Quem disse que ser pai/mãe é fácil?
Deixe sua casa mais segura
- Evite deixar que o pequeno circule em alguns ambientes. “A cozinha e o banheiro são os lugares mais perigosos, e com maior índice de acidentes domésticos.
- Instale grades ou redes de proteção nas janelas, terraços, varandas e lajes;
- Use portões de segurança no topo e no pé das escadas, inclusive na entrada da cozinha e do banheiro;
- Não deixe camas e outros móveis próximos a janelas desprotegidas ou cortinas;
- Cuidado com pisos escorregadios e coloque antiderrapantes em tapetes;
- Cubra tomadas e proteja fios desencapados;
- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e mantenha os cabos das panelas virados para dentro;
- Não chegue perto do fogão com a criança no colo;
- Evite toalhas de mesa compridas ou jogos americanos para que a criança não puxe e venha comida quente sobre ela;
- Fique longe de crianças ao segurar ou tomar líquidos quentes;
- Teste a temperatura da água com o dorso da mão ou com o cotovelo antes do banho;
- Mantenha isqueiros, álcool e fósforos fora do alcance das crianças;
- Cuidado com quinas afiadas dos móveis. Invista em protetores de quinas e de portas;
- Tudo o que pode intoxicar deve ficar em local alto ou trancado num armário, como medicamentos, antissépticos bucais e produtos de limpeza;
- Mantenha fora do alcance dos pequenos utensílios como facas, tesouras, lâminas de barbear e secadores de cabelo;
- Cuidado com baldes, caixa d’água e vaso sanitário. Certifique-se também de que o tanque esteja bem fixado;
- Jamais deixe um bebê sozinho na banheira, nem por 1 minuto;
- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m, que não possam ser escaladas, e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
- Brinquedos e outros atrativos não devem ficar próximos às piscinas;
- Vale a pena levar seu filho a uma escola de natação e, se você não sabe nadar, faça aulas também;
- Atenção para brinquedos, travesseiros, lençóis dentro do berço, pois podem provocar sufocamento;
- Mantenha também sacos plásticos longe do alcance de seus filhos;
- Remova plantas venenosas;
- Ao escolher brinquedos, considere a faixa etária e procure o selo do Inmetro. Evite aqueles com pontas afiadas ou com som muito alto;
- Verifique regularmente o estado de conservação dos brinquedos, e separe sempre os das crianças maiores dos das menores;
- Lembre-se que qualquer objeto pequeno pode ser engolido e provocar estragos;
- Verifique se os equipamentos do playground têm ferrugem, superfícies instáveis ou quebradas;
- Guarde armas de fogo (caso você tenha licença) em locais inacessíveis, e tranque a munição em local separado.
- Como o carro vira uma extensão da casa, sempre transporte seu filho numa cadeirinha, de acordo com a faixa etária dele.
Fique ligada!
Se mesmo assim algo acontecer, procure manter a calma e o bom senso. Tenha sempre à mão os principais telefones de emergência.
O mais importante é a constante vigilância e orientação. Jamais deixe seu filhote sozinho. “Bebês e crianças menores de seis anos não devem ficar sem supervisão em nenhum cômodo da casa”, finaliza Turner.
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