quinta-feira, 20 de junho de 2013

Acidentes domésticos: como evitar?


Na presença dos pimpolhos, qualquer bugiganga transforma-se numa grande aventura. Tudo eles querem explorar, com tudo eles querem brincar, e parece até que seus olhinhos estão nas mãos! Mas essa curiosidade toda faz parte do crescimento saudável. 

Porém, todo cuidado é pouco: o ‘lar, doce lar’, justamente, é o lugar onde mais acontecem imprevistos. Isso porque, em um ‘ambiente seguro’, nossa tendência é baixar a guarda. É aí que mora o perigo.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 mil crianças morrem todo ano e cerca de 110 mil são hospitalizadas por causa de acidentes domésticos. Sim, é assustador! Mas algumas atitudes preventivas e cuidados redobrados podem ajudar a evitar muitos incidentes. Conversamos com o Dr. Antonio Carlos Turner, pediatra no Hospital Balbino, RJ, que dará algumas orientações a você: 

As causas

As mais comuns são quedas, queimaduras, cortes, afogamentos e intoxicações. Apesar de chamarmos “acidentes”, a maioria é previsível e pode ser evitada com medidas simples, basta um pouco mais de atenção, um olhar diferente sobre cada situação. Quem disse que ser pai/mãe é fácil?

Deixe sua casa mais segura

- Evite deixar que o pequeno circule em alguns ambientes. “A cozinha e o banheiro são os lugares mais perigosos, e com maior índice de acidentes domésticos.

- Instale grades ou redes de proteção nas janelas, terraços, varandas e lajes;

- Use portões de segurança no topo e no pé das escadas, inclusive na entrada da cozinha e do banheiro;

- Não deixe camas e outros móveis próximos a janelas desprotegidas ou cortinas;

- Cuidado com pisos escorregadios e coloque antiderrapantes em tapetes;

- Cubra tomadas e proteja fios desencapados;

- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e mantenha os cabos das panelas virados para dentro;

- Não chegue perto do fogão com a criança no colo;

- Evite toalhas de mesa compridas ou jogos americanos para que a criança não puxe e venha comida quente sobre ela;

- Fique longe de crianças ao segurar ou tomar líquidos quentes;

- Teste a temperatura da água com o dorso da mão ou com o cotovelo antes do banho;

- Mantenha isqueiros, álcool e fósforos fora do alcance das crianças;

- Cuidado com quinas afiadas dos móveis. Invista em protetores de quinas e de portas;

- Tudo o que pode intoxicar deve ficar em local alto ou trancado num armário, como medicamentos, antissépticos bucais e produtos de limpeza;

- Mantenha fora do alcance dos pequenos utensílios como facas, tesouras, lâminas de barbear e secadores de cabelo;

- Cuidado com baldes, caixa d’água e vaso sanitário. Certifique-se também de que o tanque esteja bem fixado;

- Jamais deixe um bebê sozinho na banheira, nem por 1 minuto;

- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m, que não possam ser escaladas, e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;

- Brinquedos e outros atrativos não devem ficar próximos às piscinas;

- Vale a pena levar seu filho a uma escola de natação e, se você não sabe nadar, faça aulas também;

- Atenção para brinquedos, travesseiros, lençóis dentro do berço, pois podem provocar sufocamento;

- Mantenha também sacos plásticos longe do alcance de seus filhos;

- Remova plantas venenosas;

- Ao escolher brinquedos, considere a faixa etária e procure o selo do Inmetro. Evite aqueles com pontas afiadas ou com som muito alto;

- Verifique regularmente o estado de conservação dos brinquedos, e separe sempre os das crianças maiores dos das menores;

- Lembre-se que qualquer objeto pequeno pode ser engolido e provocar estragos;

- Verifique se os equipamentos do playground têm ferrugem, superfícies instáveis ou quebradas;

- Guarde armas de fogo (caso você tenha licença) em locais inacessíveis, e tranque a munição em local separado.

- Como o carro vira uma extensão da casa, sempre transporte seu filho numa cadeirinha, de acordo com a faixa etária dele.

Fique ligada!

Se mesmo assim algo acontecer, procure manter a calma e o bom senso. Tenha sempre à mão os principais telefones de emergência. 

O mais importante é a constante vigilância e orientação. Jamais deixe seu filhote sozinho. “Bebês e crianças menores de seis anos não devem ficar sem supervisão em nenhum cômodo da casa”, finaliza Turner.
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