O tempo voa, especialmente quando se tem filho pequeno, e logo chega o momento de colocá-lo na escolinha. Dá aquele aperto no coração, você se pergunta: será que ele vai se adaptar? Secretamente pensando: será que eu vou conseguir? Vem um mix de alegria, ansiedade, nervosismo, tudo junto! É um passo e tanto, o início de uma nova fase na vida do seu bebê – ele está crescendo.
É hora de cortar o cordão...
A primeira separação nunca é fácil, mas você sabe que é preciso, que é para o bem dele. Além disso, precisa retomar sua vida, seu trabalho, seus afazeres que ficaram parados por meses. “Muitos pais, em especial as mães, sofrem neste momento. A separação, seja ela por algumas horas, é algo que precisa ser trabalhado ‘psicologicamente’ falando. Este é o primeiro passo da criança para um novo mundo, onde os pais ficam do lado de fora. Para amenizar essa ansiedade, é importante se preparar para esse dia tão atípico na vida da criança, e o que pode ajudar para ambos é a compra do material escolar”, diz Luciane Bozza Bertoncello, psicóloga do Hospital VITA Batel, em Curitiba.
Envolva o pequeno nos preparativos, deixe-o escolher o material, o lanche... Vê-lo animado e feliz vai ajudá-la a controlar a ansiedade. “Levar a criança para escolher a mochila, os cadernos, a lancheira e os lápis, entre tantos outros objetos, pode ajudá-la a se entusiasmar e criar bons anseios para o início das aulas. Conversar sobre o que ela vai encontrar na escola também contribui bastante”, aconselha a psicóloga.
Conheça a escola
Além disso, é fundamental que você sinta que seu filho está em boas mãos. O pediatra Antônio Carlos Turner, do Hospital Balbino, no RJ, dá algumas recomendações essenciais para garantir sua tranquilidade: invista tempo para conhecer a escola e os profissionais antes de fazer a matrícula; cheque o ambiente, a segurança, a higiene; e observe se a instituição está regularizada na Secretaria Municipal de Educação. Além disso, certifique-se de que o cartão de vacina de seu filho está em dia, e de que ele esteja bem de saúde.
Chegou o grande dia
Na primeira semana, a adaptação deve ser gradual. É preciso paciência, persistência e organização. “Para a criança muito pequena, menor de 4 anos, caso seja o primeiro ano escolar ou se a escola for nova, convém que a mãe, ou um responsável, passe algumas horas próximo a ela para fazê-la se sentir mais segura”, diz o pediatra.
Caso não tenha condições, ela pode pedir isso ao pai, a um dos avós ou a uma tia. O importante é que esse adulto deverá ficar por perto e transmitir segurança até que a criança se entrose. Procure mandar para ela objetos queridos, como um paninho de estimação, uma chupeta ou um brinquedo. Depois desse tão esperado primeiro dia, converse com ela e pergunte como foram seus primeiros dias de escola, as amizades que conquistou ou que aprendeu”, sugere Luciane.
Dê o exemplo
Os filhos percebem a insegurança e o medo dos pais, e também ficam inseguros, então tente manter a calma e seja firme. “Se depois de tudo isso, ao chegar à porta da escola a criança não quiser ficar, seja irredutível, por mais difícil que seja, por mais apertado que fique seu coração. Porque, se você abrir mão no primeiro dia, não será diferente nos outros. Os pequenos precisam aprender desde cedo que ir à escola é fundamental. Esse é um processo natural de amadurecimento e crescimento da criança, e é importante que ela seja preparada para vivê-lo com segurança, calma e sem agitação ou ansiedade, embora esteja vivendo um momento novo em sua vida”, finaliza a psicóloga.
Filho, pegou o casaco?
Ah, a clássica frase da mãe protetora! O início da vida escolar é recheado de resfriados e outras viroses. Para proteger sua cria, você vai precisar de mais do que um simples casaquinho – o melhor a fazer é blindar o organismo do bebê, aumentando sua imunidade. “O aleitamento materno é o primeiro fator para garantir resistência às crianças. Após esse período, a introdução de uma boa alimentação e controle do ambiente (poluição, tabagismo, umidade etc) são essenciais”, esclarece o Dr. Turner.
Foque nas vacinas. “Pergunte ao seu pediatra sobre as vacinas que ainda não estão disponíveis na rede pública, como a da varicela (catapora). Não podemos nos esquecer de investir na saúde dos nossos filhos”, destaca o pediatra.
Tenha bom senso e, claro, um plano B sempre à mão. Se seu filho estiver doentinho, nada de levá-lo para a creche ou escola, pois as outras crianças não precisam ficar assim também.
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